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Projeto ComPra junta estudantes de cinco instituições europeias na ESELx

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17 Abr 2023

De 27 a 31 de março de 2023, a Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) recebeu a 2.ª edição do curso de curta duração sobre "Commoning Pratices", inserido no projeto Erasmus+ComPra - Blended Short-cycle Training Courses on “Common Practices” que, entre 2020 e 2023, junta instituições de ensino superior de quatro países europeus: a University of Thessaly (Grécia), University Pompeu Fabra (Espanha), University of Cadiz (Espanha), Tallinn University of Technology (Estónia). A Escola do Politécnico de Lisboa é a única instituição portuguesa a integrar o consórcio.

blended course (curso híbrido) teve como objetivo desafiar estudantes do ensino superior, dos três ciclos: licenciatura, mestrado e doutoramento, nas áreas das Ciências da Educação, Ciências Sociais, Comunicação e Tecnologia, a explorar os valores e as práticas da pedagogia dos bens comuns (Commons), colocando-os em contacto com o uso de metodologias e ferramentas inovadoras, que promovam o desenvolvimento de um ambiente educacional diferenciado. Neste curso participaram 20 estudantes, oriundos das instituições que integram o projeto, entre os quais estudantes da ESELx.

 

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Esta foi a segunda edição do curso, tendo o primeiro decorrido em 2022, em Barcelona.  A filosofia desta formação assenta num modelo híbrido, que integra várias semanas de formação a distância, realizadas através de uma plataforma, que culminaram neste encontro presencial. Coube à Escola Superior de Educação de Lisboa definir e organizar o programa, tendo presentes os três pilares do projeto: sociologia da educação, comunicação e tecnologia.

Para além da apresentação e exploração de conceitos, os participantes puderam visitar organizações e projetos nacionais, cuja intervenção aplica a perspetiva de intervenção dos bens comuns, democracia participativa e direitos humanos, tais como a Boutique da Cultura e a Renova Mouraria. O grupo visitou, ainda, o FabLab na ESELx, um projeto do foro tecnológico desenvolvido na Escola do Politécnico de Lisboa.

 

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Para Catarina Tomás, docente da Escola Superior de Educação de Lisboa e responsável pelo projeto, em Portugal, a semana de curso em Lisboa, foi uma boa forma dos parceiros conhecerem o trabalho que a Escola desenvolve na área, que nem sempre é visível. “Há sinergias que foram criadas e abre caminho a novas colaborações”, acredita a especialista em Sociologia da Infância.

A docente da ESELx acredita que o projeto ComPra vai permitir uma sensibilização sustentada teoricamente e um despertar para a consciência dos direitos da criança. “Vamos percebendo, quer na primeira edição, quer na segunda, que há pouco conhecimento dos conteúdos, mesmo na formação de professores é inexistente esta dimensão”, refere Catarina Tomás. “É interessante ver estudantes da área das tecnologias e da área da comunicação com outro olhar sobre os direitos das crianças”, afirma a socióloga, acreditando que ainda estarmos longe de efetivar estes direitos.  

A seguir ao curso é realizada uma avaliação do projeto e em função desta, é definido o percurso, metodologias e conteúdos. Esta segunda edição termina entre maio e junho, altura em que são divulgadas as notas dos estudantes.

Ao longo do blended course, os estudantes trabalharam um caso específico relacionado com uma forma de desigualdade: racismo, sexismo, questões de género, deficiências, entre outras tendo em vista apresentar um projeto que permita abordar o problema e revertê-lo através de uma abordagem inclusiva.

 

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Yannis Pechtelidis, sociólogo de Educação e professor associado do departamento de Educação pré-escolar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Thessaly, Volos, na Grécia é o coordenador do projeto ComPra. A iniciativa do projeto partiu do laboratório de Sociologia da Educação que dirige, com experiência no campo da Education Commons. “Temos muitos projetos nesta área e temos experiência prévia”, refere. Adianta que a vontade é de disseminar o conhecimento existente e foi isso que determinou a escolha das instituições parceiras, entre as quais a Escola Superior de Educação de Lisboa. “Queríamos alguém em Portugal para nos ajudar com as questões da Infância e a Catarina e a sua equipa são especialistas na área”, refere Yannis.

“Queremos produzir conhecimento e inovação para promover a inclusão e enfrentar todas estas questões de desigualdade, este é o primeiro passo”, destaca o coordenador do projeto integrado na Ação-chave 3 do Programa Erasmus+, que iniciou em setembro de 2020 e termina em agosto deste ano.

Na Escola Superior de Educação de Lisboa da equipa do projeto ComPra fazem parte, para além de Catarina Tomás (coordenadora), os docentes Carolina Gonçalves André Rocha.

Consultar Comunicado à imprensa

 

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Texto e Imagens de GCI IPL