Passar para o conteúdo principal

PT

A Rede Internacional de Animação (RIA) reúne especialistas de cerca de vinte países da América, Europa e África, investigadores, responsáveis de formação ou atores profissionais envolvidos no campo da animação sociocultural e/ou intervenção social.

Depois de Bordeaux (França-2003), São Paulo (Brasil-2005), Lucerna (Suíça-2007), Montreal (Canadá-2009), Saragoça (Espanha-2011), Paris (França-2013), Bogotá (Colômbia-2015), Argel (Argélia-2017), Lausanne (Suíça-2019) e Caiena (Guiana, França - 2022), o 11º Colóquio da Rede será realizado em Lisboa (Portugal) nos dias 10, 11 e 12 de julho de 2024.

Em cada um destes encontros internacionais, pretende-se partilhar práticas e saberes, metodologias e resultados de investigação, ações e experiências, em torno de questões vivas e cruciais que atravessam o campo da intervenção social e sociocultural num mundo confrontado com constantes mudanças.


11ª Conferência da Rede Internacional de Animação | Animação Sociocultural: democracia e participação

Agir na e para a democracia, a liberdade e a cidadania é fundamental na animação sociocultural, implica a assunção desta responsabilidade por parte dos profissionais de animação (Caride, 2012) e das instituições de formação de animação (Campos, 2015).

O enquadramento teórico-metodológico e ético da intervenção sociocultural assenta na compreensão de que no cerne da missão e da ação da animação sociocultural está o compromisso com a democracia, a cidadania e a liberdade, elementos que constituem o ADN da animação sociocultural, segundo numerosos autores (Trilla, 2004; Lopes, 2006; Caride, 2007; Fonte, 2012). Em 2013, durante o colóquio do Institut Supérieur d’Ingénieurs-Animateurs Territoriaux (ISIAT), Jean-Claude Gillet afirmou:

Para além das grandes narrativas de ontem (da educação popular ao socialismo), a questão principal de hoje à escala global (mesmo que seja obviamente atravessada por outras questões por ela condicionadas) não é constituída nem pelas instituições políticas tradicionais nem pelas questões económicas nem mesmo pela questão das relações internacionais, mas permanece marcado, na minha opinião, como uma espiga no seu encaixe, pelo problema do poder dos cidadãos e pelo lugar de uma democracia deliberativa e participativa (Gillet, 2013, p.410). [1]

Contudo, como a animação sociocultural não é um “construto”, mas sim uma “construção” feita de práticas de ação sempre reinventadas (Augustin & Gillet, 1997), é importante questionar as práticas atuais desenvolvidas em contextos diversos e tentar compreender de que forma elas efetivamente deixam ou abrem espaço para a participação cidadã de todos e quais são as implicações dessas práticas.

O termo participação tornou-se uma palavra de ordem no discurso político, por exemplo, em Portugal, o Participa está disponível desde julho de 2015. Trata-se do portal oficial onde se realizam os processos de consulta pública, encetados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática. No entanto, podemos questionar-nos se os profissionais da animação sociocultural e os cidadãos participativos têm realmente um papel a desempenhar ou se esta participação é um artefacto para controlar e normalizar certos grupos demasiado exigentes.

Contamos com pesquisas de professores-pesquisadores, trabalhos de alunos de doutoramento, experiências de campo de pesquisadores-praticantes, pesquisas-ação e experiências de facilitadores socioculturais, para aprofundar a nossa reflexão em torno dos seguintes eixos:

[1] Nossa tradução

Eixo 1: Quais podem ser as consequências de transformação política e social de uma intervenção democrática e participativa na animação sociocultural?

Neste primeiro eixo pretende-se refletir sobre as implicações que uma intervenção na animação sociocultural democrática e participativa pode ter fora da estrutura em que se realiza. Quais as repercussões que a gestão democrática e participativa de estruturas ou projetos pode ter no bairro, na cidade ou num território mais vasto? Os participantes envolvidos em atividades socioculturais democráticas e participativas também têm participação cidadã significativa na gestão do seu território ou comunidade? A ciberanimação promove uma cultura e dinâmicas de participação e democracia, como sustenta Mario Viché (2014)? Podemos considerar, como Victor J. Ventosa Perez (2014), que a animação sociocultural é uma didática da participação? A transformação passa por uma transformação da própria animação sociocultural, como recomenda José António Caride (2014)? Como é que os líderes socioculturais leem as dimensões ética, ideológica (Vohlgemuth et al., 2013) e política (Richelle, 2013) das suas ações quando visam a participação das populações?

Eixo 2: Que formas assume a animação sociocultural democrática e participativa com as diferentes faixas etárias?

A participação pode ser definida sucintamente como uma prática democrática de envolvimento de pessoas organizadas no processo de tomada de decisão, para a gestão de recursos comuns e outras questões que têm impacto nas suas próprias vidas. Participar significa ganhar poder sobre a sua vida, mas também correr os riscos de uma “má decisão”. Em muitos contextos de intervenção, os facilitadores socioculturais trabalham com crianças, jovens ou idosos. Quão participativas podem ser as pessoas com demência? De que forma podem as intervenções de animação sociocultural dar corpo à assunção da criança como cidadão pleno, na sua dimensão institucional, deixando espaço para a participação democrática na gestão da estrutura ou dos projetos realizados (Sarmento, 2012)? Que papéis podem os facilitadores socioculturais desempenhar para que as crianças se apropriem do seu ambiente imediato (Artières et al., 2020)?

Eixo 3: Como pode a animação sociocultural, democrática e participativa contribuir para o desenvolvimento territorial?

Tomamos o conceito de Desenvolvimento a partir de uma metáfora: a maçaroca de milho que se desprende das folhas que a envolvem, enfrentando os elementos ambientais e desafios futuros, numa transformação essencial à sobrevivência de muitos povos. A este contributo de Roque Amaro (2003) para a compreensão do conceito de Desenvolvimento agrega-se a ideia de que em várias línguas a palavra Desenvolvimento forma-se na conjugação de “Des” e “Envolvimento”, significando a remoção de algo que envolve outro algo do qual se espera sustentabilidade. 

A noção de desenvolvimento territorial inscreve-se numa conceção de Desenvolvimento que alia ao processo de emancipação do território a participação de um conjunto de atores sociais essenciais para o seu amadurecimento e para a sua sustentabilidade. Contudo, qualquer conceção de Desenvolvimento e de Território comporta diversos interesses e aspirações, ora contrárias ou em colisão, ora complementares.

O território como palco de desenvolvimento contempla um elenco extenso, e nem sempre bem definido, de atores e de interesses, ligados por relações de poderes e interdependências, que tanto colidem como se complementam. A animação sociocultural propõe-se mobilizar estes atores e seus recursos através de um processo participado e estruturado de mudança, de acordo com opções, compromissos e valores partilhados. No entanto, nem todos os atores detêm ou representam o mesmo poder, a mesma voz e as mesmas oportunidades de participação nesse processo. Em muitos contextos, uns atores sociais dependem veemente de outros, quer por razões de número e representatividade, de relações de poder administrativo, de empregabilidade, de laços familiares, ou por razões morais e normas comunitárias. Confrontam-se assim necessidades reais e latentes, perceções e anseios, assim como poderes. Mas sobretudo, silenciam-se os mais vulneráveis, pondo em causa a noção de participação. E, por conseguinte, o desidrato de uma plena democracia nos processos de desenvolvimento territorial.

Como é que a animação sociocultural garante a igualdade na participação em processos de desenvolvimento territorial, de modo que o desprender dos invólucros e a sustentabilidade do território seja fruto da ação de cada parte componente do todo?

De que modo a animação sociocultural se confronta com a geografia (humana e física) e com as variáveis axiológicas, ambientais e materiais inerentes ao território?   

Que ação política tem a animação sociocultural nos processos de desenvolvimento territorial?

Como se afirmam e se conjugam as dimensões social, cultural e educativa da animação sociocultural no desenvolvimento territorial?

De que modo a educação não formal e informal têm contribuído para a consciencialização dos atores sociais perante os fenómenos sociopolíticos e ambientais que os rodeiam, e gerado participação no desenvolvimento territorial?

Consideramos que o desenvolvimento territorial, é um pano de fundo que abraça diversas práticas como a animação comunitária, o desenvolvimento comunitário, o desenvolvimento local, entre outras. Pretende-se neste eixo 3 encontrar respostas a estas e outras questões análogas. Esperam-se contributos provenientes de conhecimento teórico e empírico resultante de investigação focada na animação sociocultural, em projetos centrados no desenvolvimento territorial, na análise de quadros normativos orientadores do desenvolvimento territorial, e no debate teórico em torno da animação sociocultural e seu papel no desenvolvimento territorial.

Eixo 4: De que formas podem as práticas artísticas ser mobilizadas para fortalecer a democratização e a participação?

Já em 2009, a conferência ISIAT questionou as possíveis ligações entre arte, cultura e animação em torno de “Projets culturels et participation citoyenne” (Liot, 2010). Em 2014, os vínculos entre cultura e participação foram novamente objeto de debate durante o encontro organizado pela Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural que deu origem a uma publicação (Fontes et al., 2014). Desde então, em 2021, durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, a Carta do Porto Santo (Conferência de Porto Santo, 2021) afirma a necessidade de reforçar a participação e a democracia cultural para uma verdadeira cidadania europeia. Qual é a situação hoje nos nossos territórios concretos? Como pode a participação em projetos artísticos fortalecer a democracia? Que projetos de intervenção mobilizadores da criatividade artística (teatro, murais, música, fotografia, dança, etc.) permitem a reapropriação do espaço urbano pelos seus habitantes? De que forma podem estes projetos permitir que as populações vulneráveis recuperem o poder sobre os seus corpos, as suas vidas e o seu ambiente?

Referências

Amaro, R. (2003). Desenvolvimento – um conceito ultrapassado ou em renovação? Da Teoria à Prática e da Prática à Teoria. Cadernos de Estudos Africanos 4/2003. Centro de Estudos Internacionais. http://journals.openedition.org/cea/1573.

Artières K., Besse-Patin B., Rémi Cadier et al. (2020). L'aventure de Belle-Beille, SUD volumes critiques, 2020, n°4.

Augustin J.-P. & Gillet J.-C. (1997) Pour un mouvement de recherche et d’expérimentation sur l’animation. In: Agora débats/jeunesses, 8,. Grandes vacances, petits boulots. p. 129-132. DOI : https://doi.org/10.3406/agora.1997.1556

Campos, J. (2015). Animadores Socioculturais e Animação Sociocultural: desafios e dilemas profissionais nas sociedades contemporâneas In Pereira, J.D., Lopes, M.S. & Maciel, M. (dir.), O Animador Sociocultural no Século XXI - perfil, funções, âmbitos, metodologias, modelos de formação e projetos de intervenção. (p.125-132). Intervenção.

Caride Gomez, J. (2007). Por uma animação democrática numa democracia animada: sobre os velhos e os novos desafios da animação sociocultural como prática participativa, Peres, Américo Nunes & Lopes, Marcelino Sousa (coords.) Animação Sociocultural. Novos Desafios. (pp 63-75). APAP- Associação Portuguesa de Animação e Pedagogia.

Caride Gomez, J. (2012). Educar na cidadania: uma tarefa quotidiana para a construção democrática das comunidades, In Cebolo, C.; Lima, J. D. & Lopes, M. S. (Coords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação. (pp 51-60). Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural

Caride Gomez, J. A. (2014). Animación sociocultural, participación y desarrollo. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Conferência do Porto Santo (2021). Carta de Porto Santo. https://www.culturaportugal.gov.pt/media/9171/pt-carta-do-porto-santo.pdf

Da Silva, A. (2015). Um olhar sobre o passado da animação sociocultural para um futuro menos tecnológico e mais humano. In A Caminho - Animação Sociocultural, Cooperação e Educação para a Diferença. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural/Plataforma de Animadores Socioeducativos.

Fonte, R. (2012). O animador sociocultural: agente de democracia participativa, in Cebolo, Cátia; Lima, José Dantas & Lopes, Marcelino Sousa (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação, (pp 107-116). Intervenção- Associação para a Promoção e Divulgação Cultura.

Fontes, A., Sousa, J. & Lopes M. (org.) (2014). Da participação na cultura à cultura da participação. Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo Português.

Gillet, J-C. (2013). Animation et politique : quelle communauté ? In Richelle, J.L., Rubi, S., &, Ziegelmeyer, J.-M. (dir.) L’animation socioculturelle professionnelle, quels rapports au politique ? (p.401-412). Bordeaux : Carrières Sociales Éditons.

Liot, F. (Coord.)(2010). Projets culturels et participation citoyenne. Paris : L’Harmattan.

Lopes, M.S. (2006). Animação sociocultural em Portugal. Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.

Richelle, J.L. (2013). [Re]Politiser l’animation. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 245- 260). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Sarmento, M. J. (2012). A criança cidadã: vias e encruzilhadas. Imprópria. Política e Pensamento Crítico. UNIPOP. No 2, 45–49.

Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. In Trilla, J. (Coord.), Animação sociocultural – teorias, programas e âmbitos (p. 9-44). Lisboa: Instituto Piaget.

Ventosa Pérez, V. J. (2024). Un nuevo enfoque de la ASC como didática de la participación orientada a desarrollar la cultura participativa a través de la participación en la cultura. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Viché, M. (2014). Ciber@nim@ção. www.marioviche.es

Vohlgemuth, L., Campos, J., Dias, A. & e Martins, C. (2013) Formation des animateurs socioculturels: discours idéologiques et pratiques. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 131- 144). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Calendário e informações
  • Envio de propostas de comunicação até dia 31 de março de 2024 à meia-noite, para o seguinte endereço: CongressoRIA2024@gmail.com
  • Os textos de uma página (2.000 a 2.500 caracteres incluindo espaços, excluindo bibliografia) serão enviados em formato Word, Times new roman, tamanho 12, espaçamento simples, com um título, o nome e detalhes de contacto do comunicador, a organização a que pertence, o eixo no qual se inscreve e uma apresentação resumida da problemática, do contexto ou dos dados mobilizados, dos resultados ou das reflexões desenvolvidas durante a apresentação, bem como as principais referências bibliográficas.
  • As línguas oficiais do congresso são o Português, Francês, Castelhano e Inglês, tanto para o envio de proposta quanto para a comunicação oral;
  • Feedback da comissão científica: até 20 de maio de 2024
  • Inscrição: até 31 de maio de 2024.
  • Edição do programa final: 14 de junho de 2024.
  • Datas e local do congresso: 10, 11 e 12 de julho de 2024, na Escola Superior de Educação de Lisboa Campus de Benfica do IPL, 1549-003 Lisboa (+351) 217 115 500, https://www.eselx.ipl.pt/mapa

 


EN

The International Socio-cultural Community Development Network (RIA) brings together experts from around twenty countries in America, Europe, and Africa, including researchers, training professionals, and professional actors engaged in the field of socio-cultural and/or social intervention.

After Bordeaux (France-2003), São Paulo (Brazil-2005), Lucerne (Switzerland-2007), Montreal (Canada-2009), Zaragoza (Spain-2011), Paris (France-2013), Bogotá (Colombia-2015), Algiers (Algeria-2017), Lausanne (Switzerland-2019), and Cayenne (French Guiana-2022), the 11th Colloquium of the Network will be held in Lisbon (Portugal) on July 10, 11, and 12, 2024.

At each of these international meetings, the aim is to share practices and knowledge, methodologies and research results, actions and experiences, around vibrant and crucial issues that permeate the field of social and socio-cultural intervention in a world confronted with constant changes.

11th Conference of the International Socio-cultural Community Development Network | Socio-cultural Community Development: Democracy and Participation

Acting in and for democracy, freedom, and citizenship is fundamental in sociocultural community development, implying the assumption of this responsibility by sociocultural community professionals (Caride, 2012) and training institutions in sociocultural community development (Campos, 2015).

The theoretical-methodological and ethical framework of sociocultural intervention is based on the understanding that at the core of the mission and action of sociocultural community development lies a commitment to democracy, citizenship, and freedom—elements that constitute the DNA of sociocultural community development, according to numerous authors (Trilla, 2004; Lopes, 2006; Caride, 2007; Fonte, 2012). In 2013, during the Institut Supérieur d’Ingénieurs-Animateurs Territoriaux (ISIAT) conference, Jean-Claude Gillet stated:

“Beyond the grand narratives of yesterday (from popular education to socialism), the main issue today on a global scale (even though it is obviously influenced by other related issues) is not constituted by traditional political institutions, economic matters, or even the issue of international relations. In my opinion, it remains marked as a spike in its fitting by the problem of citizen power and the place of deliberative and participatory democracy (Gillet, 2013, p.410)[1].

However, because sociocultural community development is not a "construct" but rather a "construction" made of constantly reinvented action practices (Augustin & Gillet, 1997), it is important to question the current practices developed in various contexts and to try to understand how they effectively leave space for the civic participation of all and what the implications of these practices are.

The term participation has become a rallying cry in political discourse; for example, in Portugal, the online platform “Participa” has been available since July 2015. This is the official portal where processes of public consultation initiated by the Ministry of Environment and Climate Action take place. However, we may question whether sociocultural community development professionals and participatory citizens truly have a role to play or if this participation is an artifact to control and normalize certain overly demanding groups.

We rely on research from teacher-researchers, doctoral students' work, field experiences from researcher-practitioners, action research, and experiences from sociocultural facilitators to deepen our reflection around the following axes:

[1] Our translation

Axis 1: What can be the political and social transformation consequences of a democratic and participatory intervention in sociocultural community development?

In this first axis, we aim to reflect on the implications that a democratic and participatory intervention in sociocultural community development can have outside the structure in which it takes place. What are the repercussions of the democratic and participatory management of structures or projects on the neighbourhood, the city, or a broader territory? Do participants involved in democratic and participatory sociocultural activities also have significant citizen participation in the management of their territory or community? Does cyber animation promote a culture and dynamics of participation and democracy, as Mario Viché (2014) argues? Can we consider, as Victor J. Ventosa Perez (2014) suggests, that sociocultural community development is didactics of participation? Does the transformation involve a transformation of sociocultural community development itself, as recommended by José António Caride (2014)? How do sociocultural leaders interpret the ethical, ideological (Vohlgemuth et al., 2013), and political (Richelle, 2013) dimensions of their actions when aiming for the participation of populations?

Axis 2: In what ways does democratic and participatory sociocultural Community Development take shape with different age groups?

Participation can be succinctly defined as a democratic practice involving organized individuals in the decision-making process, for the management of common resources and other issues that impact their own lives. Participating means gaining power over one's life but also facing the risks of a "bad decision." In many intervention contexts, sociocultural facilitators work with children, youth, or the elderly. How participatory can people with dementia be? How can sociocultural Community Development interventions embody the assumption of the child as a full citizen, in its institutional dimension, leaving room for democratic participation in the management of the structure or projects undertaken (Sarmento, 2012)? What roles can sociocultural facilitators play to enable children to take ownership of their immediate environment (Artières et al., 2020)?

Axis 3: How can democratic and participatory sociocultural Community Development contribute to territorial development?

We approach the concept of Development through a metaphor: the corn cob that detaches from the leaves that surround it, facing environmental elements and future challenges in a transformation essential to the survival of many people. To this contribution, brought by Roque Amaro (2003) to the understanding of the concept of Development, we add the idea that in several languages the word "Development” is formed by the combination of the prefix "De" (which is used to undo a specific action) and the idea of “Involvement”. The combination of both signifies the removal of something that involves another thing from which sustainability is expected.

The notion of territorial development aligns with a concept of Development that combines the emancipation process of the territory with the participation of a set of social actors, who are essential for its development and sustainability. However, any concept of Development and Territory involves diverse interests and aspirations, sometimes contrary or in conflict, sometimes complementary.

The territory as a stage of development encompasses an extensive, and not always well-defined, cast of actors and interests, connected by power relations and interdependencies that both collide and complement each other. Sociocultural Community Development aims to mobilize these actors and their resources through a participatory and structured process of change, according to shared options, commitments, and values. However, not all actors hold or represent the same power, voice, and opportunities for participation in this process. In many contexts, some social actors vehemently depend on others, for multiple reasons, including   quantity or representativeness, administrative power relations, employability, family ties, moral reasons and community norms. Therefore, needs, perceptions, aspirations, and powers clash. Most importantly, vulnerable groups are silenced; the notion of participation is in jeopardy. Consequently, this challenges the idea of full democracy in territorial development processes.

How does sociocultural community development ensure equality in participation in territorial development processes, so that the detachment of the enclosures and the sustainability of the territory are the result of the action of each component part of the whole? How does sociocultural Community Development confront the geography (human and physical) and the axiological, environmental, and material variables inherent to the territory? What political action does sociocultural Community Development have in territorial development processes? How do the social, cultural, and educational dimensions of Sociocultural Community Development assert themselves and combine in territorial development? How have non-formal and informal education contributed to the awareness of social actors regarding the socio-political and environmental phenomena around them and generated participation in territorial development?

We consider territorial development as a backdrop that encompasses various practices such as community animation, community development, local development, among others. In this axis 3, we seek answers to these and other analogous questions. We expect contributions from theoretical and empirical knowledge resulting from research focused on sociocultural animation, projects centred on territorial development, the analysis of guiding normative frameworks for territorial development, and the theoretical debate around sociocultural Community Development and its role in territorial development.

Axis 4: In what ways can artistic practices be mobilized to strengthen democracy and participation?

As early as 2009, the ISIAT conference questioned possible connections between art, culture, and sociocultural community development around "Projets culturels et participation citoyenne" (Cultural Projects and Citizen Participation) (Liot, 2010). In 2014, the links between culture and participation were again the subject of debate during the meeting organized by the Ibero-American Network of Sociocultural Community Development, which resulted in a publication (Fontes et al., 2014). Since then, in 2021, during the Portuguese Presidency of the Council of the European Union, the Carta do Porto Santo (Porto Santo Charter - Porto Santo Conference, 2021) affirms the need to strengthen cultural participation and democracy for true European citizenship. What is the situation today in our specific territories? How can participation in artistic projects strengthen democracy? What intervention projects that mobilize artistic creativity (theatre, murals, music, photography, dance, etc.) allow the reappropriation of urban space by its inhabitants? How can these projects enable vulnerable populations to regain power over their bodies, their lives, and their environment?

References

Amaro, R. (2003). Desenvolvimento – um conceito ultrapassado ou em renovação? Da Teoria à Prática e da Prática à Teoria. Cadernos de Estudos Africanos 4/2003. Centro de Estudos Internacionais. http://journals.openedition.org/cea/1573.

Artières K., Besse-Patin B., Rémi Cadier et al. (2020). L'aventure de Belle-Beille, SUD volumes critiques, 2020, n°4.

Augustin J.-P. & Gillet J.-C. (1997) Pour un mouvement de recherche et d’expérimentation sur l’animation. In: Agora débats/jeunesses, 8,. Grandes vacances, petits boulots. p. 129-132. DOI : https://doi.org/10.3406/agora.1997.1556

Campos, J. (2015). Animadores Socioculturais e Animação Sociocultural: desafios e dilemas profissionais nas sociedades contemporâneas In Pereira, J.D., Lopes, M.S. & Maciel, M. (dir.), O Animador Sociocultural no Século XXI - perfil, funções, âmbitos, metodologias, modelos de formação e projetos de intervenção. (p.125-132). Intervenção.

Caride Gomez, J. (2007). Por uma animação democrática numa democracia animada: sobre os velhos e os novos desafios da animação sociocultural como prática participativa, Peres, Américo Nunes & Lopes, Marcelino Sousa (coords.) Animação Sociocultural. Novos Desafios. (pp 63-75). APAP- Associação Portuguesa de Animação e Pedagogia.

Caride Gomez, J. (2012). Educar na cidadania: uma tarefa quotidiana para a construção democrática das comunidades, In Cebolo, C.; Lima, J. D. & Lopes, M. S. (Coords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação. (pp 51-60). Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural

Caride Gomez, J. A. (2014). Animación sociocultural, participación y desarrollo. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Conferência do Porto Santo (2021). Carta de Porto Santo. https://www.culturaportugal.gov.pt/media/9171/pt-carta-do-porto-santo.pdf

Da Silva, A. (2015). Um olhar sobre o passado da animação sociocultural para um futuro menos tecnológico e mais humano. In A Caminho - Animação Sociocultural, Cooperação e Educação para a Diferença. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural/Plataforma de Animadores Socioeducativos.

Fonte, R. (2012). O animador sociocultural: agente de democracia participativa, in Cebolo, Cátia; Lima, José Dantas & Lopes, Marcelino Sousa (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação, (pp 107-116). Intervenção- Associação para a Promoção e Divulgação Cultura.

Fontes, A., Sousa, J. & Lopes M. (org.) (2014). Da participação na cultura à cultura da participação. Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo Português.

Gillet, J-C. (2013). Animation et politique : quelle communauté ? In Richelle, J.L., Rubi, S., &, Ziegelmeyer, J.-M. (dir.) L’animation socioculturelle professionnelle, quels rapports au politique ? (p.401-412). Bordeaux : Carrières Sociales Éditons.

Liot, F. (Coord.)(2010). Projets culturels et participation citoyenne. Paris : L’Harmattan.

Lopes, M.S. (2006). Animação sociocultural em Portugal. Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.

Richelle, J.L. (2013). [Re]Politiser l’animation. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 245- 260). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Sarmento, M. J. (2012). A criança cidadã: vias e encruzilhadas. Imprópria. Política e Pensamento Crítico. UNIPOP. No 2, 45–49.

Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. In Trilla, J. (Coord.), Animação sociocultural – teorias, programas e âmbitos (p. 9-44). Lisboa: Instituto Piaget.

Ventosa Pérez, V. J. (2024). Un nuevo enfoque de la ASC como didática de la participación orientada a desarrollar la cultura participativa a través de la participación en la cultura. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Viché, M. (2014). Ciber@nim@ção. www.marioviche.es

Vohlgemuth, L., Campos, J., Dias, A. & e Martins, C. (2013) Formation des animateurs socioculturels: discours idéologiques et pratiques. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 131- 144). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Calendar and informations
  • Submission of communication proposals until March 31, 2024, at midnight, to the following address: CongressoRIA2024@gmail.com
  • Specify rules for abstract presentation for communication proposals (confirm if RIA has any guidelines).
  • One-page texts (2,000 to 2,500 characters including spaces, excluding bibliography) will be sent in Word format, Times New Roman, size 12, single spacing, with a title, name and contact details of the presenter, the organization to which they belong, the axis in which it is included, and a brief presentation of the issues, context, or data mobilized, the results, or reflections developed during the presentation, as well as the main bibliographic references.
  • The official languages of the congress are Portuguese, French, Spanish, and English, both for proposal submission and for oral communications.
  • Feedback from the scientific committee: until May 20, 2024.
  • Registration: until May 31, 2024.
  • Final program edition: June 14, 2024.
  • Dates and location of the congress: July 10, 11, and 12, 2024, at the Escola Superior de Educação de Lisboa, Benfica Campus of IPL, 1549-003 Lisbon. (+351) 217 115 500, [link to the map: https://www.eselx.ipl.pt/mapa].

 


ES

La Red Internacional de la Animación (RIA) reúne a especialistas de unos veinte países en América, Europa y África, ya sean investigadores, responsables de formación o profesionales involucrados en el campo de la animación sociocultural y/o la intervención social. Después de Bordeaux (Francia-2003), Sao Paulo (Brasil-2005), Lucerna (Suiza-2007), Montreal (Canadá-2009), Zaragoza (España-2011), París (Francia-2013), Bogotá (Colombia-2015), Argel (Argelia-2017), Lausana (Suiza-2019) y Cayena (Guyana, Francia - 2022), el 11º coloquio de la Red se llevará a cabo en Lisboa (Portugal), los días 10, 11 y 12 de julio de 2024. En cada uno de estos encuentros internacionales, el objetivo es compartir conocimientos, metodologías y resultados de investigación, acciones y experimentaciones en torno a cuestiones cruciales que atraviesan el campo de la intervención social y sociocultural en un mundo confrontado con la permanencia de los cambios y las mutaciones.

11º Coloquio de la Red Internacional de la Animación | Animación Sociocultural: democracia y participación

Actuar en/y para la democracia, la libertad y la ciudadanía son bases fundamentales en la animación sociocultural, lo que implica que los profesionales de la animación (Caride, 2012) y las instituciones de formación en animación (Campos, 2015) asuman esta responsabilidad. El marco teórico-metodológico y ético de la intervención sociocultural se basa en la comprensión de que en el corazón de la misión y la acción de la animación sociocultural se encuentra el compromiso con la democracia, la ciudadanía y la libertad, elementos que componen el ADN de la animación sociocultural según muchos autores (Trilla, 2004; Lopes, 2006; Caride, 2007; Fonte, 2012). En 2013, en el coloquio del Instituto Superior de Ingenieros-Animadores Territoriales (ISIAT), Jean-Claude Gillet afirmaba:

"Fuera de las grandes narrativas del pasado (desde la educación popular al socialismo), el principal desafío para hoy a nivel mundial (aunque obviamente está atravesado por otros desafíos condicionados por él) no está constituido ni por las instituciones políticas tradicionales ni por las cuestiones económicas ni siquiera por la cuestión de las relaciones internacionales, sino que permanece marcado, en mi opinión como un espigón en su mortaja, por la problemática del poder de los ciudadanos y el lugar de una democracia deliberativa y participativa" (Gillet, 2013, p. 410).

Sin embargo, dado que la animación no es un "construido", sino una "construcción" hecha de prácticas de acción siempre reinventadas (Augustin & Gillet, 1997), es importante cuestionar las prácticas actuales desarrolladas en contextos diversos y tratar de entender qué formas realmente dejan o dan lugar a la participación ciudadana de todas las personas y cuáles son las implicaciones de estas prácticas.

El término "participación" se ha convertido en una consigna en los discursos políticos, por ejemplo, en Portugal, el portal "Participe" está disponible desde julio de 2015. Es un portal oficial donde se ponen a disposición los procesos de consulta pública llevados a cabo por el Ministerio de Medio Ambiente y Acción por el Clima. Sin embargo, podemos preguntarnos si los profesionales de la animación sociocultural y los ciudadanos participativos realmente tienen un papel que desarollar, o si esta participación es un artefacto para controlar y normalizar ciertos grupos que podrían ser demasiado reivindicativos.

Contamos con investigaciones de profesores-investigadores, trabajos de doctorandos, experiencias de campo de practicantes-investigadores, investigaciones-acciones y experiencias de animadores socioculturales, para profundizar nuestra reflexión en torno a los siguientes ejes:

 

Eje 1: ¿Cuáles pueden ser las consecuencias políticas y de transformación social de una intervención democrática y participativa en animación sociocultural?

En este primer eje, la intención es reflexionar sobre las implicaciones que puede tener una intervención en animación sociocultural democrática y participativa fuera de la estructura en la que se realiza. ¿Cuáles son las repercusiones que la gestión democrática y participativa de las estructuras o proyectos puede tener en el barrio, la ciudad o un territorio más extenso? ¿Los participantes comprometidos en acciones de animación sociocultural democráticas y participativas también tienen una participación ciudadana notable en la gestión de su territorio o comunidad? ¿La ciberanimación promueve una cultura y dinámica de participación y democracia, como sostiene Mario Viché (2014)? ¿Se puede considerar, como afirma Victor J. Ventosa Perez (2014), que la animación sociocultural es una didáctica de la participación? ¿La transformación pasa por una transformación de la animación sociocultural en sí misma, como recomienda José António Caride (2014)? ¿Cómo interpretan los animadores socioculturales las dimensiones éticas, ideológicas (Vohlgemuth et al., 2013) y políticas (Richelle, 2013) de sus acciones cuando estas apuntan a la participación de las poblaciones?

Eje 2: ¿De qué formas se reviste la animación sociocultural democrática y participativa con las diferentes clases de edad?

La participación puede definirse de manera sucinta como una práctica democrática que implica asociar a personas organizadas en el proceso de toma de decisiones, para la gestión de recursos comunes y otras cuestiones que impactan en sus vidas. Participar, por lo tanto, implica tomar poder sobre la propia vida, pero también asumir los riesgos de una "decisión incorrecta". En muchos contextos de intervención, los animadores socioculturales trabajan con niños, jóvenes o personas mayores. ¿En qué medida las personas con demencia pueden participar? ¿De qué maneras las intervenciones en animación sociocultural pueden dar forma a la idea de que el niño es un ciudadano a part entière, en su dimensión institucional, permitiendo una participación democrática en la gestión de la estructura o de los proyectos llevados a cabo (Sarmento, 2012)? ¿Qué roles pueden desempeñar los animadores socioculturales para que los niños se apropien de su entorno cercano (Artières et al., 2020)?

Eje 3: ¿Cómo la animación sociocultural, democrática y basada en la participación, puede contribuir al desarrollo territorial?

Tomemos el concepto de desarrollo a partir de una metáfora: la del grano de maíz que se despega de las hojas que lo rodean, enfrentándose a los elementos ambientales y a los desafíos futuros, en una transformación esencial para la supervivencia de muchas personas. A esta contribución de Roque Amaro (2003) para la comprensión del concepto de desarrollo se añade la idea de que, en varios idiomas, la palabra desarrollo se forma con el prefijo "de" y "envolvente", significando la eliminación de algo que envuelve a otra cosa necesaria para la sostenibilidad.

 

La noción de desarrollo territorial se inscribe en una concepción de desarrollo que combina el proceso de emancipación del territorio con la participación de un grupo de actores sociales esenciales para su maduración y sostenibilidad. Sin embargo, toda concepción del desarrollo y del territorio implica intereses y aspiraciones diferentes, a veces contrarios o en conflicto, a veces complementarios.

 

El territorio como escenario de desarrollo comprende una amplia gama de actores e intereses, no siempre bien definidos, vinculados por relaciones de poder e interdependencias, que chocan y se complementan. La animación sociocultural busca movilizar a estos actores y sus recursos a través de un proceso participativo y estructurado de cambio, respetando opciones, compromisos y valores compartidos. Sin embargo, no todos los actores tienen el mismo poder, voz y oportunidades para participar en este proceso. En muchos contextos, algunos actores sociales dependen fuertemente de otros, ya sea por razones de número y representación, relaciones de poder administrativo, empleabilidad, lazos familiares o por razones morales y normas comunitarias. Así, se enfrentan las necesidades, percepciones y deseos reales y latentes, así como los poderes. Pero sobre todo, los más vulnerables son reducidos al silencio, cuestionando la noción de participación. Y, por lo tanto, el propósito de la plena democracia en los procesos de desarrollo territorial.

La formación para la participación no siempre se traduce en la emancipación de personas y grupos, ya que lograr participar socialmente de manera crítica en el desarrollo, en la práctica, no necesariamente da acceso al poder y a la toma de decisiones (Da Silva, 2015).

¿Cómo la animación sociocultural garantiza una participación equitativa de todos en los procesos de desarrollo territorial, para que el florecimiento y la sostenibilidad del territorio sean el resultado de la acción de cada componente del conjunto?

¿Cómo la animación sociocultural aborda la geografía (humana y física) y las variables axiológicas, ambientales y materiales inherentes al territorio?

¿Qué acción política tiene la animación sociocultural en los procesos de desarrollo territorial?

¿Cómo las dimensiones sociales, culturales y educativas de la animación sociocultural se afirman y se conjugan en el desarrollo territorial?

¿Cómo las diferentes formas de educación han contribuido a la conciencia de los actores sociales sobre los fenómenos sociopolíticos, culturales y ambientales que los rodean, y han generado una participación en el desarrollo territorial?

Consideramos que el desarrollo territorial es un telón de fondo que abarca diversas prácticas como la animación comunitaria, el desarrollo comunitario, el desarrollo local, entre otras. Este eje 3 busca encontrar respuestas a estas preguntas y otras similares. Se esperan contribuciones basadas en conocimientos teóricos y empíricos derivados de investigaciones centradas en la animación sociocultural, proyectos centrados en el desarrollo territorial, análisis de marcos normativos que guían el desarrollo territorial y el debate teórico en torno a la animación sociocultural y su papel en el desarrollo territorial.

Eje 4: ¿De qué formas las prácticas artísticas pueden ser movilizadas para fortalecer la democratización y la participación?

Ya en 2009, el coloquio de la ISIAT cuestionaba las posibles conexiones entre el arte, la cultura y la animación en torno a "proyectos culturales y participación ciudadana" (Liot, 2010). En 2014, los vínculos entre la cultura y la participación volvieron a ser objeto de debates en el encuentro dinamizado por la Red Iberoamericana de Animación Sociocultural, que dio lugar a una publicación (Fontes et al., 2014). Desde entonces, en 2021, durante la Presidencia Portuguesa del Consejo de la Unión Europea, la Carta de Porto Santo (Conferência de Porto Santo, 2021) afirma la necesidad de fortalecer la participación y la democracia cultural para una verdadera ciudadanía europea. ¿Qué pasa hoy en nuestros territorios concretos? ¿Cómo puede la participación en proyectos artísticos fortalecer la democracia? ¿Qué proyectos de intervención que movilizan la creatividad artística (teatro, pinturas murales, música, fotografía, danza...) permiten que los habitantes se reapropien del espacio urbano? ¿De qué formas estos proyectos pueden ayudar a que las poblaciones vulnerables recuperen el control sobre sus cuerpos, sus vidas y su entorno?

Bibliografia

Amaro, R. (2003). Desenvolvimento – um conceito ultrapassado ou em renovação? Da Teoria à Prática e da Prática à Teoria. Cadernos de Estudos Africanos 4/2003. Centro de Estudos Internacionais. http://journals.openedition.org/cea/1573.

Artières K., Besse-Patin B., Rémi Cadier et al. (2020). L'aventure de Belle-Beille, SUD volumes critiques, 2020, n°4.

Augustin J.-P. & Gillet J.-C. (1997) Pour un mouvement de recherche et d’expérimentation sur l’animation. In: Agora débats/jeunesses, 8,. Grandes vacances, petits boulots. p. 129-132. DOI : https://doi.org/10.3406/agora.1997.1556

Campos, J. (2015). Animadores Socioculturais e Animação Sociocultural: desafios e dilemas profissionais nas sociedades contemporâneas In Pereira, J.D., Lopes, M.S. & Maciel, M. (dir.), O Animador Sociocultural no Século XXI - perfil, funções, âmbitos, metodologias, modelos de formação e projetos de intervenção. (p.125-132). Intervenção.

Caride Gomez, J. (2007). Por uma animação democrática numa democracia animada: sobre os velhos e os novos desafios da animação sociocultural como prática participativa, Peres, Américo Nunes & Lopes, Marcelino Sousa (coords.) Animação Sociocultural. Novos Desafios. (pp 63-75). APAP- Associação Portuguesa de Animação e Pedagogia.

Caride Gomez, J. (2012). Educar na cidadania: uma tarefa quotidiana para a construção democrática das comunidades, In Cebolo, C.; Lima, J. D. & Lopes, M. S. (Coords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação. (pp 51-60). Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural

Caride Gomez, J. A. (2014). Animación sociocultural, participación y desarrollo. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Conferência do Porto Santo (2021). Carta de Porto Santo. https://www.culturaportugal.gov.pt/media/9171/pt-carta-do-porto-santo.pdf

Da Silva, A. (2015). Um olhar sobre o passado da animação sociocultural para um futuro menos tecnológico e mais humano. In A Caminho - Animação Sociocultural, Cooperação e Educação para a Diferença. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural/Plataforma de Animadores Socioeducativos.

Fonte, R. (2012). O animador sociocultural: agente de democracia participativa, in Cebolo, Cátia; Lima, José Dantas & Lopes, Marcelino Sousa (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação, (pp 107-116). Intervenção- Associação para a Promoção e Divulgação Cultura.

Fontes, A., Sousa, J. & Lopes M. (org.) (2014). Da participação na cultura à cultura da participação. Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo Português.

Gillet, J-C. (2013). Animation et politique : quelle communauté ? In Richelle, J.L., Rubi, S., &, Ziegelmeyer, J.-M. (dir.) L’animation socioculturelle professionnelle, quels rapports au politique ? (p.401-412). Bordeaux : Carrières Sociales Éditons.

Liot, F. (Coord.)(2010). Projets culturels et participation citoyenne. Paris : L’Harmattan.

Lopes, M.S. (2006). Animação sociocultural em Portugal. Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.

Richelle, J.L. (2013). [Re]Politiser l’animation. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 245- 260). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Sarmento, M. J. (2012). A criança cidadã: vias e encruzilhadas. Imprópria. Política e Pensamento Crítico. UNIPOP. No 2, 45–49.

Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. In Trilla, J. (Coord.), Animação sociocultural – teorias, programas e âmbitos (p. 9-44). Lisboa: Instituto Piaget.

Ventosa Pérez, V. J. (2024). Un nuevo enfoque de la ASC como didática de la participación orientada a desarrollar la cultura participativa a través de la participación en la cultura. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Viché, M. (2014). Ciber@nim@ção. www.marioviche.es

Vohlgemuth, L., Campos, J., Dias, A. & e Martins, C. (2013) Formation des animateurs socioculturels: discours idéologiques et pratiques. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 131- 144). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Calendario, modalidades de presentación, información
  • Envío de propuestas de comunicación hasta el 31 de marzo de 2024 a medianoche, a la siguiente dirección: CongressoRIA2024@gmail.com
  • Los textos de una página (2,000 a 2,500 caracteres, incluidos espacios, excluyendo la bibliografía) se enviarán en formato Word, Times New Roman, tamaño de fuente 12, interlineado sencillo, con un título, el nombre y la información de contacto del comunicante, el estado y la afiliación organizativa, el eje de reflexión preferido y una exposición sintética que presente la problemática general, el terreno o los datos utilizados, los resultados o ejes de reflexión desarrollados durante la presentación, así como las principales referencias bibliográficas.
  • Los idiomas oficiales del Congreso son el portugués, el francés, el español y el inglés, tanto para el envío de propuestas como para las comunicaciones orales.
  • Devolución de opiniones por parte de la comisión científica: hasta el 20 de mayo de 2024.
  • Inscripción: hasta el 31 de mayo de 2024.
  • Edición del programa definitivo: 14 de junio de 2024.
  • Fechas y lugar del coloquio: 10, 11 y 12 de julio de 2024, en la Escola Superior de Educação de Lisboa Campus de Benfica do IPL, 1549-003 Lisboa, (+351) 217 115 500, https://www.eselx.ipl.pt/mapa

 


FR

Le Réseau International de l’Animation (RIA) réunit des spécialistes issus d’une vingtaine de pays, en Amérique, en Europe et en Afrique, qu’il s’agisse de chercheurs, de responsables de formation ou d’acteurs professionnels impliqués dans le champ de l’animation socioculturelle et/ou de l’intervention sociale. Après Bordeaux (France-2003), Sao Polo (Brésil-2005), Lucerne (Suisse-2007), Montréal (Canada-2009), Saragosse (Espagne-2011), Paris (France-2013), Bogota (Colombie-2015), Alger (Algérie-2017), Lausanne (Suisse-2019) et Cayenne (Guyane, France - 2022), le 11ème colloque du Réseau se tiendra à Lisbonne (Portugal) les 10, 11 et 12 juillet 2024. A chacune de ces rencontres internationales, l’objectif est de mutualiser les savoirs et savoir-faire, les méthodologies et résultats de recherche, d’actions et d’expérimentations, autour de questions vives et des enjeux cruciaux qui traversent le champ de l’intervention sociale et socioculturelle dans un monde confronté à la permanence des changements et des mutations.

11ème Colloque du Réseau International de l’Animation | Animation Socioculturelle : démocratie et participation

Agir dans et pour la démocratie, la liberté et la citoyenneté sont les bases fondamentales en animation socioculturelle, ce qui implique la prise en charge de cette responsabilité par les professionnels de l’animation (Caride, 2012) et les établissements de formation en animation (Campos, 2015). Le cadre théorico-méthodologique et éthique de l’intervention socioculturelle est basé sur la compréhension du fait qu’au cœur de la mission et de l’action de l’animation socioculturelle se trouve l’engagement en faveur de la démocratie, de la citoyenneté et de la liberté, éléments qui composent l’ADN de l’animation socioculturelle selon de nombreux auteurs (Trilla, 2004; Lopes, 2006; Caride, 2007; Fonte, 2012). En 2013, à l’occasion du colloque de l’ Institut Supérieur d’Ingénieurs-Animateurs Territoriaux (ISIAT), Jean-Claude Gillet affirmait :

Hors de grandes narrations d’hier (de l’éducation populaire au socialisme), l’enjeu principal pour aujourd’hui à l’échelle mondiale (même s’il est évidemment traversé par d’autres enjeux conditionnés par lui) n’est constitué ni par les institutions politiques traditionnelles ni par les questions économiques ni même par la question des relations internationales, mais demeure marqué, à mon avis comme un tenon dans sa mortaise, par la problématique du pouvoir des citoyens et de la place d’une démocratie délibérative et participative (Gillet, 2013, p. 410).

Cependant l’animation n’étant pas un « construit », mais une « construction » faite de pratiques d’action toujours réinventées (Augustin & Gillet, 1997), il est important de questionner les pratiques actuelles développées dans des contextes diversifiés et tenter de comprendre de quelles formes elles laissent ou donnent effectivement une place pour la participation citoyenne de tous et quelles sont les implications de ces pratiques. 

Le terme de participation est devenu mot d’ordre dans les discours politiques, par exemple, au Portugal, le portail Participe est disponible depuis juillet 2015.  Il s’agit d’un portail officiel où sont mis à disposition les processus de consultation publique menés par le ministère de l’Environnement et de l'Action pour le climat. Cependant, nous pouvons nous demander si les professionnels de l’animation socioculturelle et les citoyens participatifs ont véritablement un rôle à jouer ou si cette participation est un artefact pour contrôler et normaliser certains groupes qui seraient trop revendicatifs.

Nous comptons sur des recherches d’enseignants-chercheurs, des travaux de doctorants, d’expériences de terrain de praticiens-chercheurs, de recherches-actions et d’expériences d’animateurs socioculturels, pour approfondir notre réflexion autour des axes suivants :

 

Axe 1 : Quelles peuvent être les conséquences politiques et de transformation sociale d’une intervention démocratique et participative en animation socioculturelle ?

Dans ce premier axe, l’intention est de réfléchir sur les implications que peut avoir une intervention en animation socioculturelle démocratique et participative à l’extérieur de la structure dans laquelle elle se réalise. Quelles sont les répercussions que la gestion démocratique et participative des structures ou des projets peut avoir sur le quartier, la ville ou un territoire plus étendu ? Les participants engagés dans des actions d’animation socioculturelle démocratiques et participatives ont-ils également une participation citoyenne notoire dans la gestion de leur territoire ou de leur communauté ? La cyberanimation promeut-elle une culture et une dynamique de participation et de démocratie, comme le soutient Mario Viché (2014) ? Peut-on considérer comme Victor J. Ventosa Perez (2014) que l’animation socioculturelle est une didactique de la participation ? La transformation passe-t-elle par une transformation de l’animation socioculturelle elle-même comme le recommande José António Caride (2014) ? Quelle lecture les animateurs socioculturels font-ils des dimensions éthique, idéologique (Vohlgemuth et al., 2013) et politique (Richelle, 2013) de leurs actions quand celles-ci visent la participation des populations ?

Axe 2 : De quelles formes se revêt l’animation socioculturelle démocratique et participative avec les différentes classes d’âge ?

La participation peut être définie succinctement comme une pratique démocratique qui consiste à associer des personnes organisées au processus de décision, pour la gestion des ressources communes et d'autres questions qui ont un impact sur leur propre vie. Participer, c’est donc prendre du pouvoir sur sa vie, mais également prendre les risques d’une « mauvaise décision ». Dans de nombreux contextes d’intervention, les animateurs socioculturels travaillent avec des enfants, des jeunes ou des personnes âgées. Dans quelle mesure les personnes atteintes de démence peuvent-elles être participatives ? De quelles formes les interventions en animation socioculturelle peuvent-elles donner corps à une assomption de l’enfant comme citoyen à part entière, dans sa dimension institutionnelle, laissant place à une participation démocratique pour la gestion de la structure ou des projets menés (Sarmento, 2012) ? Quels rôles peuvent jouer les animateurs socioculturels pour que les enfants s’approprient de leur environnement proche (Artières et al., 2020) ?

Axe 3 : Comment l’animation socioculturelle, démocratique et basée sur la participation peut-elle contribuer au développement territorial ?

Prenons le concept de développement à partir d'une métaphore : celle de l'épi de maïs qui se détache des feuilles qui l'entourent, face aux éléments environnementaux et aux défis futurs, dans une transformation essentielle à la survie de nombreuses personnes. À cette contribution de Roque Amaro (2003) pour la compréhension du concept de développement s'ajoute l'idée que, dans plusieurs langues, le mot développement se forme du préfixe « dé » et de « enveloppe », signifiant la suppression de quelque chose qui enveloppe une autre chose nécessaire à la durabilité.

La notion de développement territorial s'inscrit dans une conception de développement qui combine le processus d'émancipation du territoire avec la participation d'un groupe d'acteurs sociaux indispensable à sa maturation et à sa durabilité. Cependant, toute conception du développement et du territoire implique des intérêts et des aspirations différents, parfois contraires ou en conflit, parfois complémentaires.

Le territoire comme scène de développement comprend un large éventail d’acteurs et d’intérêts, pas toujours bien définis, liés par des relations de pouvoir et d’interdépendances, qui se heurtent et se complètent. L'animation socioculturelle vise à mobiliser ces acteurs et leurs ressources à travers un processus participatif et structuré de changement, dans le respect d'options, d'engagements et de valeurs partagées. Cependant, tous les acteurs ne détiennent pas ou ne représentent pas le même pouvoir, la même voix et les mêmes opportunités de participer à ce processus. Dans de nombreux contextes, certains acteurs sociaux dépendent fortement des autres, que ce soit pour des raisons de nombre et de représentation, de relations de pouvoir administratif, d’employabilité, de liens familiaux, ou pour des raisons morales et de normes communautaires. Les besoins, perceptions et désirs réels et latents, ainsi que les pouvoirs, sont ainsi confrontés. Mais surtout, les plus vulnérables sont réduits au silence, remettant en cause la notion de participation. Et, par conséquent, le dessein de la pleine démocratie dans les processus de développement territorial.

La formation pour la participation ne se traduit pas toujours en émancipation des personnes et des groupes, car le fait d’arriver à participer socialement de manière critique au développement, dans la pratique, ne donne pas forcément accès au pouvoir et à la prise de décision (Da Silva, 2015).

Comment l'animation socioculturelle garantit-elle une participation égale de tous aux processus de développement territorial, pour que l’épanouissement et la durabilité du territoire soient le résultat de l'action de chaque composante de l'ensemble ?

Comment l’animation socioculturelle confronte-t-elle la géographie (humaine et physique) et les variables axiologiques, environnementales et matérielles inhérentes au territoire ?

Quelle action politique l’animation socioculturelle a-t-elle dans les processus de développement territorial ?

Comment les dimensions sociales, culturelles et éducatives de l’animation socioculturelle s’affirment-elles et se conjuguent-elles dans le développement territorial ?

Comment les différentes formes d’éducation ont-elles contribué à la prise de conscience des acteurs sociaux sur les phénomènes socio-politiques, culturels et environnementaux qui les entourent, et généré une participation au développement territorial ?

Nous considérons que le développement territorial est une toile de fond qui englobe différentes pratiques telles que l'animation communautaire, le développement communautaire, le développement local, entre autres. Cet axe 3 vise à trouver des réponses à ces questions et à d’autres similaires. Des contributions sont attendues à partir de connaissances théoriques et empiriques issues de recherches axées sur l'animation socioculturelle, de projets axés sur le développement territorial, de l'analyse des cadres normatifs guidant le développement territorial et du débat théorique autour de l'animation socioculturelle et de son rôle dans le développement territorial.

Axe 4 : De quelles formes les pratiques artistiques peuvent-elles être mobilisées pour renforcer la démocratisation et la participation ?

Déjà en 2009, le colloque de l’ISIAT interrogeait les articulations possibles entre art, culture et animation autour de « projets culturels et participation citoyenne » (Liot, 2010). En 2014, les liens entre culture et participation sont à nouveau objet de débats lors de la rencontre dynamisée par le Réseau Iberoaméricain d’Animation Socioculturelle qui donna lieu à une publication (Fontes et al., 2014). Depuis, en 2021, lors de la Présidence Portugaise du Conseil de l’Union Européenne, la Charte de Porto Santo (Conferência de Porto Santo, 2021) affirme la nécessité d’un renforcement de la participation et de la démocratie culturelle pour une véritable citoyenneté européenne. Qu’en est-il aujourd’hui sur nos territoires concrets ? Comment la participation dans des projets artistiques peut-elle renforcer la démocratie ? Quels projets d’intervention mobilisant la créativité artistique (théâtre, fresques murales, musique, photographie, danse...)  permettent la réappropriation par ses habitants de l’espace urbain ? De quelles formes ces projets peuvent permettre à des populations vulnérables de reprendre le pouvoir sur leur corps, leur vie et leur environnement ?

Bibliographie

Amaro, R. (2003). Desenvolvimento – um conceito ultrapassado ou em renovação? Da Teoria à Prática e da Prática à Teoria. Cadernos de Estudos Africanos 4/2003. Centro de Estudos Internacionais. http://journals.openedition.org/cea/1573.

Artières K., Besse-Patin B., Rémi Cadier et al. (2020). L'aventure de Belle-Beille, SUD volumes critiques, 2020, n°4.

Augustin J.-P. & Gillet J.-C. (1997) Pour un mouvement de recherche et d’expérimentation sur l’animation. In: Agora débats/jeunesses, 8,. Grandes vacances, petits boulots. p. 129-132. DOI : https://doi.org/10.3406/agora.1997.1556

Campos, J. (2015). Animadores Socioculturais e Animação Sociocultural: desafios e dilemas profissionais nas sociedades contemporâneas In Pereira, J.D., Lopes, M.S. & Maciel, M. (dir.), O Animador Sociocultural no Século XXI - perfil, funções, âmbitos, metodologias, modelos de formação e projetos de intervenção. (p.125-132). Intervenção.

Caride Gomez, J. (2007). Por uma animação democrática numa democracia animada: sobre os velhos e os novos desafios da animação sociocultural como prática participativa, Peres, Américo Nunes & Lopes, Marcelino Sousa (coords.) Animação Sociocultural. Novos Desafios. (pp 63-75). APAP- Associação Portuguesa de Animação e Pedagogia.

Caride Gomez, J. (2012). Educar na cidadania: uma tarefa quotidiana para a construção democrática das comunidades, In Cebolo, C.; Lima, J. D. & Lopes, M. S. (Coords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação. (pp 51-60). Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural

Caride Gomez, J. A. (2014). Animación sociocultural, participación y desarrollo. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Conferência do Porto Santo (2021). Carta de Porto Santo. https://www.culturaportugal.gov.pt/media/9171/pt-carta-do-porto-santo.pdf

Da Silva, A. (2015). Um olhar sobre o passado da animação sociocultural para um futuro menos tecnológico e mais humano. In A Caminho - Animação Sociocultural, Cooperação e Educação para a Diferença. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural/Plataforma de Animadores Socioeducativos.

Fonte, R. (2012). O animador sociocultural: agente de democracia participativa, in Cebolo, Cátia; Lima, José Dantas & Lopes, Marcelino Sousa (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação, (pp 107-116). Intervenção- Associação para a Promoção e Divulgação Cultura.

Fontes, A., Sousa, J. & Lopes M. (org.) (2014). Da participação na cultura à cultura da participação. Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo Português.

Gillet, J-C. (2013). Animation et politique : quelle communauté ? In Richelle, J.L., Rubi, S., &, Ziegelmeyer, J.-M. (dir.) L’animation socioculturelle professionnelle, quels rapports au politique ? (p.401-412). Bordeaux : Carrières Sociales Éditons.

Liot, F. (Coord.)(2010). Projets culturels et participation citoyenne. Paris : L’Harmattan.

Lopes, M.S. (2006). Animação sociocultural em Portugal. Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.

Richelle, J.L. (2013). [Re]Politiser l’animation. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 245- 260). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Sarmento, M. J. (2012). A criança cidadã: vias e encruzilhadas. Imprópria. Política e Pensamento Crítico. UNIPOP. No 2, 45–49.

Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. In Trilla, J. (Coord.), Animação sociocultural – teorias, programas e âmbitos (p. 9-44). Lisboa: Instituto Piaget.

Ventosa Pérez, V. J. (2024). Un nuevo enfoque de la ASC como didática de la participación orientada a desarrollar la cultura participativa a través de la participación en la cultura. In org Fontes, A., Sousa, J. & Lopes, M. Da participação na cultura à cultura da participação, Associação Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural – Nodo português

Viché, M. (2014). Ciber@nim@ção. www.marioviche.es

Vohlgemuth, L., Campos, J., Dias, A. & e Martins, C. (2013) Formation des animateurs socioculturels: discours idéologiques et pratiques. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (eds)  L’Animation Socioculturelle Professionnelle, quels rapports au politique? (pp 131- 144). Bordeaux : Carrières Sociales Editons. ISBN 978-2-9541390-4-3

Échéancier, modalités de soumission, informations diverses
  • Envoi des propositions de communication jusqu'au 31 mars 2024 à minuit, à l’adresse suivante : CongressoRIA2024@gmail.com

  • Les textes d'une page (2 000 à 2 500 signes espaces compris, hors bibliographie) seront envoyés en format Word, Times new roman, Police 12, interligne simple avec un titre, le nom et les coordonnées du communicant, le statut et organisme d'appartenance, l'axe de réflexion privilégié et un exposé synthétique présentant la problématique générale, le terrain ou les données mobilisées, les résultats ou axes de réflexion développés lors de la présentation, ainsi que les principales références bibliographiques.

  • Les langues officielles du Congrès sont le portugais, le français, l’espagnol et l’anglais, aussi bien pour l’envoi des propositions que pour les communications orales.

  • Retour des avis de la commission scientifique : jusqu’au 20 mai 2024.

  • Inscription : jusqu'au 31 mai 2024.

  • Edition du programme définitif : 14 juin 2024.

  • Dates et lieu du colloque : 10, 11 et 12 juillet 2024, à l’ Escola Superior de Educação de Lisboa Campus de Benfica do IPL, 1549-003 Lisboa, (+351) 217 115 500, https://www.eselx.ipl.pt/mapa